Esta foi a segunda vez em que participei numa tertúlia, associada ao 7º Concurso Bianual e Internacional de Instrumentos de Arco Júlio Cardona. Se da primeira vez considerei um acontecimento muito importante e instrutivo, desde vez esteve ao mais alto nível. A Homenagem a Guilhermina Suggia, uma figura incontornável do século XX do panorama nacional e Internacional da Música, no violoncelo – um mundo a descobrir. A comunicação da Prof. Madalena Sá e Costa, com sua provecta idade de 93 anos, discípula de Guilhermina, amiga, “família”, fez com que as suas histórias, os seus “postais” tornassem a tertúlia um momento muito especial, a que muitos assistiram e que foi um verdadeiro privilégio. Não é todos os dias que podemos ouvir na primeira pessoa a história da música em Portugal. Um momento ao mais alto nível, revestido de toda a simpatia, humildade e sabedoria que a Sr.ª Professora Madalena nos soube transmitir e cativar. Seguiu-se depois um recital com Filipe Quaresma (natural da Covilhã e excelente músico) que tocou no violoncelo que pertenceu a Guilhermina Suggia (Montagnana), acompanhado ao piano por Nuno Santos Dias (natural da Covilhã e igualmente excelente músico), interpretando Epílogo para Guilhermina Suggia de Rebecca Clark; Sonata para Violoncelo e Piano de Eduard Grieg. A sonoridade de um violoncelo com 300 anos, é deveras extraordinária e impossível de transcrever ou traduzir por palavras. No final foram muitos, calorosos e demorados aplausos demonstrando bem a satisfação do público presente. Um acontecimento cultural de extrema importância a todos os níveis. BRAVO! JEB Cavaco
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