segunda-feira, abril 28, 2008

Reportagem IV – 25 de Abril – XI Tertúlia – Académico dos Penedos Altos



A palavra “crise” anda na boca dos portugueses há vários anos, espalhando-se a quase todos os sectores da sociedade. Existe, pelo menos, um que afirma que tal ideia não se aplica a eles: as associações. A noção foi reiterada durante a XI Tertúlia Academista, sob o tema “Associativismo e Revolução – Antes e o Depois”, realizada na passada sexta-feira à noite, no Académico dos Penedos Altos, na Covilhã.“O associativismo não está em crise”, defendeu Bernardino Gata, delegado distrital do INATEL da Covilhã. Sobre as diferenças entre o que se passava antes e após o 25 de Abril de 1974, lembrou que “os primeiros movimentos associativos surgiram para a defesa dos mais fracos, nomeadamente do operariado e das outras classes trabalhadoras”. No presente, o que acontece é que “há novas fórmulas” para o funcionamento das associações, aparecendo cada vez mais dedicadas às “causas imateriais”. No entanto, Bernardino Gata aponta “três faltas” que necessitam de ser superadas: “Dinheiro, mais dirigentes associativos e formação dos mesmos”. De qualquer forma, destaca que a Covilhã “tem mais de 200 associações, o que a torna num caso paradigmático do sucesso do associativismo”. ESTADO TEM RESPONSABILIDADES A CUMPRIR Também o convidado de honra da noite, Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP-IN, focou a inexistência de crise no sector. “A «crise» tornou-se uma instituição, mas a sociedade não está em crise, o modelo que está a ser usado é que é injusto”, afirmou. O sindicalista recordou responsabilidades governamentais, dando a sugestão: “A formação dos dirigentes associativos devia ser uma obrigação do Estado”.O presidente do Académico dos Penedos Altos, Carlos Silva, realçou a forte participação de outras associações na tertúlia, cerca de três dezenas, segundo as suas conta. “Estamos unidos para enfrentar o futuro e ajudarmo-nos mutuamente no presente”, disse. In: www.diarioxxi.com

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