
A cidade voltou a sair à rua para assistir a um concerto sem precedentes com mais de 200 músicos de oito filarmónicas da Covilhã. Uma iniciativa a repetirCOM o recurso à ‘prata da casa’, neste caso a dezenas de músicos e maestros das filarmónicas do concelho – um património cultural e popular que o associativismo da Covilhã, louvavelmente, não só tem sabido preservar como, até, dinamizar, ao longo de muitos anos –, a cidade pôde assistir, na noite do passado sábado, a um espectáculo sem precedentes que merece ser repetido. Ao mesmo tempo, contribuiu para que o Pelourinho (onde também decorrem as feiras sectoriais de Verão), voltasse a encher-se de gente e a adquirir a animação que todos reclamam. Numa demonstração, inequívoca, que a histórica ‘sala de visitas’ da cidade continua a ser o cenário preferido dos covilhanense para os grandes eventos. Seja qual for a sua origem e natureza. A Banda da Covilhã, promotora do “I Covilhã Filarmónica” que juntou, numa única banda, mais de 200 músicos de oito filarmónicas do concelho, a Câmara Municipal, cooperante na excelente organização, as filarmónicas e, também, a população da cidade, que aderiu, em massa, à iniciativa, estão de parabéns. A Covilhã voltou a demonstrar, com esta experiência até agora inigualável, na região, que continua na primeira linha na realização de manifestações de carácter popular e cultural. Depois do desfile, desde o Campo das Festas, os mais de 200 músicos das filarmónicas juntaram-se, frente à Câmara, formando uma mega-banda que interpretou oito peças musicais escolhidas por cada um dos oito directores artísticos. O concerto encerrou com a estreia da obra encomendada ao compositor Afonso Alves que recebeu um forte aplauso. Para José Eduardo Cavaco, director artístico da Banda da Covilhã e principal mentor e coordenador, “o evento superou todas as expectativas, o resultado final foi de facto muito bom”. O segredo para mobilizar tantos músicos, esteve no facto de “todos acreditarem que era possível”. Na primeira reunião surgiram dúvidas, mas não baixámos os braços, e desafiei os meus colegas a fazerem o mesmo”. O balanço foi “francamente positivo” e José Cavaco está convicto que haverá segunda edição. “Já existem algumas ideias e a Câmara está interessada no projecto, pelo que penso que em 2008, teremos a II Covilhã Filarmónico”.
In: Jornal do Fundão, por Romão Vieira. http://www.jornaldofundao.pt
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