quarta-feira, abril 04, 2007

PARABÉNS ANTÓNIO





































Tal como havia sido anunciado no blog, ontem realizou-se a final Classe B em Violoncelo do Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona. Confesso que eram 20:30 da noite e sem jantar pensei que o melhor seria adiar a minha visita ao Concurso para a final (quinta-feira).
Mas como o “bichinho” da Música foi mais forte, e depois estava alguém que eu conhecia – o António, em poucos minutos jantei e fui para o Teatro-Cine da Covilhã.

Não me arrependi, pois estava reservada uma noite fantástica, de excelente música com excelentes intérpretes. O António Novais (17 anos), natural da Apúlia estuda na EPABI (11º ano) foi o 1º a se apresentar em palco. Na sala estavam cerca de 50 pessoas. O ambiente era de silêncio. Eis que então o “gelo” é quebrado pelos 1ºs acordes da fantasia op.73 de Schumann… e foi excelente. Quanto executa a 2º obra – Concerto op.33 em Lá menor de Saint-Saens, aí foi para mim (um leigo na matéria) espectacular. Uma Musicalidade, Cor, Vida e acima de tudo um transmissão de sensações de que só por vezes se sente. Costumo dizer, os músicos são uns privilegiados, pois quando fazemos música, muitas vezes entramos num outro “cosmos” em que quando se volta à “terra” estamos diferentes, para melhor. Isto acontece também com os ouvintes e aconteceu ontem ao escutar os sons de um instrumento como o violoncelo.

Seguiram-se outros dois concorrentes: Jakob Roters (Munique – 15 anos) que também se apresentou de uma forma exemplar. Tive oportunidade de falar com o próprio que elogiou a organização e o concurso. O último foi o Javier de la Veja (17 anos – Madrid), consciente e contente por estar na final e que esteve também à altura. Em conversa com o Javier, simpático e me confessou estar surpreendido com a organização e indenpendentemente do resultado foi muito positivo participar e chegar á final. No próximo ano tenciona ingressar numa das mais famosas escolas em Espanha - Escuela Superior de Música Reina Sofia em Madrid.

Seguiram-se “minutos”, entranto, eu convicto da vitória do António aproveitei para trocar algumas palavras: - como foi, muito nervoso? - não, foi diferente, não sei explicar. - e que vais fazer com o prémio? - comprar um arco. Esta foi a 1ª vez que o António participa num concurso.


... e finalmente o Resultado foi afixado: O António ganhou. Abraços, Parabéns, incentivos, Amigos, Colegas, Professores, Todos quiseram felicitá-lo! Inclindo uma das grandes sumidades no país no violoncelo - Prof. Madalena Sá e Costa. O prof. Rogério Peixinho e alguns dos seus alunos também se associaram e partilharam o momento vivido pelo António. E o António ganhou 3 Prémios:
1 – 1º Prémio – Classe B
2 – Prémio da Peça Obrigatória (A. J. Fernades – Sonata – 1º And)
3 – Prémio Covilhanense
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Uma palavra muito especial para o seu acompanhador – Prof. Nuno Santos Dias, que de uma forma exemplar, para não dizer extraordinária “acompanhou”, interpretou, “somou” o piano ao violoncelo do António. E claro para o seu professor, grande Filipe Quaresma, que curiosamente ganhou o mesmo prémio na 1ª Edição do Concurso em 1997.

Penso que são momentos como este que tornam a vida mais rica. Eles acontecem, estão aí…porque esperam?

JEB Cavaco

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