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I Estágio da Banda Sinfónica da Beira Interior06.Dez.2006

Conforme aqui noticiamos, realizou-se na Covilhã o “I Estágio da Banda Sinfónica da Beira Interior – Banda da Covilhã”, iniciativa que tem recolhido o aplauso de quem viveu por dentro a experiência.

Após os primeiros acordes do Hino da Restauração pelos cerca de 90 músicos presentes em palco antevia-se uma tarde cheia de emoções e de muita e boa música. De facto as estreias mundiais da obra “Reticência” de Nelson de Jesus (presente a tocar) e de “Berrio” (nome da nau do Vasco da Gama) de Carlos Amarelinho (presente na plateia) fizeram emocionar e sobretudo “navegar” com os acordes desta última obra que transmitiu a dinâmica que foi a grande epopeia dos descobrimentos e da descoberta do caminho marítimo para a índia.Por outro lado, os solistas em palco, nomeadamente João Pedro Santos – um virtuoso no clarinete - levou a plateia ao rubro com as variações da “Cármen” para Clarinete Solo. Ainda mal o público que acorreu em grande número respirava, e já era de novo presenteado pela voz da soprano Covilhanense Filipa Lã em “Bachianas Brasileiras” de Heitor Villa-Lobos – um momento de especial magia.

Seguiram-se mais duas obras: uma em 1ª audição Nacional– “Vesuvius” (Frank Ticheli) – em que a força/energia do vulcão Vesúvio ficou bem presente pelas sonoridades conseguidas pela Banda. Depois da Itália, foi a vez do Brasil com “Pássaros do Brasil” (Kess Vlak) – ritmo, cor, samba – excelente! Seguiu-se depois um momento mais sério, mas não menos importante – os

Homenageados da tarde: Maestro Campos Costa – pela obra musical; Maria Alice Peixeiro – Poetisa/Pintora; Filipa Lã – Soprano; Marco Rascão – Trombonista e João Aibéu – Tubista. Diferentes gerações, diferentes áreas um elo de ligação: a Covilhã. A Banda da Covilhã, como explicou o seu Maestro – Prof. Doutor José Eduardo Cavaco – quis que a homenagem assumisse uma forma diferente do tradicional, indo de encontro mais à participação dos homenageados, cantado, declamando e tocando. A poesia foi trazida pelas palavras emocionadas de Maria Alice Peixeiro que pela primeira vez declamou na sua cidade natal como sublinhou a poetisa. No final a plateia em pé aplaudiu os homenageados.Fado – música de Campos Costa, letra de Maria Alice Peixeiro e arranjo de Elmano Pereira foi a proposta seguinte.

Seguiram-se a entrega de Diplomas aos 11 professores que colaboram no estágio, bem como aos Maestros, José Eduardo Cavaco e o Maestro Francisco Ferreira – responsável pelo estágio e com uma vasto currículo e experiência, bem patentes na forma sábia como soube conduzir, ouvir e acima de tudo estimular os músicos participantes.

Excelente organização, excelente participação, excelente repertório – Parabéns à Banda da Covilhã, ao seu Maestro e aos Directores.